A evolução e revolução

Desde de 1926, quando deu-se o início da constituição de um organismo internacional de padronização, a Federação Internacional das Associações Nacionais de Padronização (ISA), passando pela reorganização e formalização da ISO (nos dias atuais) em 1946, após a Segunda Guerra Mundial; a sociedade mundial passou por muitas transformações.

A Organização Internacional de Padronização (ISO, 2021), possui:

Com tamanho alcance, volume de padrões e significância para toda sociedade, é inegável a sua importância e o valor que agrega ao negócios em todo mundo. Embora, ainda haja resistência à adesão aos padrões ISO por parte de muitas organizações.

Certificação ISO

Adotar ou não um padrão ISO de Gestão é decisão de cada organização, ou seja, nenhuma empresa é obrigada a seguir as premissas e diretrizes previstas nas normas ISO de certificação, tão pouco obter uma certificação.

No entanto, as organizações que adotam, praticam, vivem as melhores práticas de gestão corporativa, estão cada vez mais, ampliando sua capacidade de gerar valor para suas cadeias, não importa se pequenas empresas locais, ou grandes conglomerados, ainda, tão pouco importa seus segmentos de negócios, todos ganham, direta ou indiretamente.

A Pesquisa ISO de Certificações Padrão do Sistema de Gestão 2020, demonstra que duvidar, não está alinhado ao novo cenário global de desenvolvimento, e que não aceitar a mudança, é retroceder, estagnar e fracassar; cedo ou tarde.

Responsabilidade Ambiental, Social e Governança Gorporativa-ESG

De acordo com uma pesquisa na Harvard Business Review, 85% dos equipes de liderança executiva gastam menos de uma hora por mês discutindo estratégia. A pesquisa também revela que a maioria dos funcionários não entendem a estratégia da empresa (Fonte: https://online.hbs.edu/).

Então, isso pode explicar a razão pela qual, quanto mais sólida a cultura de uma organização em ESG, mais alto será o nível de engajamento das pessoas para contribuir com um propósito maior, holístico e profundo. Não é raro, as organizações terem estratégias desafiadoras em matéria de responsabilidade social, no entanto, isso não reflete no como seus trabalhadores vivem essa realidade na vida prática, dentro ou fora das organizações.

O que leva a recordar uma citação de Peter Druker:

“A a cultura come a estratégia no café da manhã.“

Assim sendo, uma organização que não inclui as pessoas, suas partes interessadas internas e externas em suas ações de ESG, não está alinhada aos pilares da nova economia, e por isso, não pode desejar restados sólidos de longo prazo para seu negócio.

Os fatores de ESG

Os princípios ESG além de serem fatores cruciais para o bem da sociedade, manutenção do planeta e construção de um mundo melhor, afetam diretamente os resultados das empresas.  De acordo com a Universidade de Negócios Harvard, as empresas vencedoras serão aquelas cujo comportamento em relação às questões ambientais, sociais e de governança são colocadas em primeiro plano.

Fatores de ESG

Fatores ambientais: uso de recursos naturais, emissões de gases de efeito estufa (CO2, gás metano), eficiência energética, poluição, gestão de resíduos e efluentes.
Fatores sociais: políticas e relações de trabalho, inclusão e diversidade, engajamento dos funcionários, treinamento da força de trabalho, direitos humanos, relações com comunidades, privacidade e proteção de dados.
Fatores de governança: independência do conselho, política de remuneração da alta administração, diversidade na composição do conselho de administração, estrutura dos comitês de auditoria e fiscal, ética e transparência.

Conclusão

Muitos empresários, de acordo com minha experiência de mais de 20 anos, não acreditam que obter uma certificação ISO tenha significância prática ou gere valor para seus trabalhadores ou sociedade, estão apenas interessados em um certificado para alcançar novos mercados comerciais.

As evidências têm mostrado cada vez mais que empresas com métricas promissoras de meio ambiente, social e governança (ESG) tendem a produzir retornos financeiros superiores e o resultado, são mais investidores dispostos  a se concentrar nas métricas do ESG ao tomar decisões de investimento.

As pessoas em geral, em grande maioria,  na verdade, não colaboram de maneira assertiva com as questões de ESG das organizações, porque sequer sabem como fazê-lo. Não são consultados ou participam diretamente das decisões, quando na verdade, deveriam ser os agentes de transformações de dentro para fora das organizações.