5 Mitos da Auditoria Interna ISO

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Publicação: 29/04/2022 | Por: Editorial Vertile | E-mail: contato@vertile.com.br

Definitivamente, a experiência, o conhecimento e formação do Auditor devem ser considerados como essenciais, e que mudança é fator fundamental para ampliar os horizontes e agregar valor aos processos organizacionais.

Principais normas de Gestão adotadas no Brasil

Resultados da pesquisa global realizada pela ISO (2020) com total de 12 padrões de sistema de gestão ISO, validados pelo IAF ( International Accreditation Forum) até dezembro de 2020, apontaram ~1.5 mi de certificados válidos no Brasil, sendo 91% distribuídos em:

  • 58% – ISO 9001:2015 – Sistemas de Gestão da Qualidade – Requisitos
  • 22% – ISO 45001:2018 – Sistema de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional
  • 12% – ISO 14001:2015 – Sistemas de Gestão Ambiental – Requisitos om orientações para uso

Esse fato, indica que milhares de auditorias internas são procedidas anualmente no Brasil.

Obrigatoriedade das Auditorias Internas

A obrigatoriedade das Auditorias Internas para sistemas de Gestão com base nas normas ISO, está prevista na Cláusula 9.2 padronizada de acordo com o ANEXO SL; que determina que a organização deve conduzir auditorias interna a intervalos regulares, ou seja, de acordo com sua estratégia.

Norma ISO 19011

A norma que trata dos requisitos para as Auditorias Interna de Sistemas de Gestão ISO é a ISO 19011:2018-Diretrizes para auditoria de sistemas de gestão.

Para conduzir auditorias de sistemas de gestão é obrigatório ter conhecimento dessa norma e cumprir seus requisitos.

1 Auditoria Interna é tudo igual

Aqui está um mito, que as organizações precisam de uma vez por todas entender. Auditorias Internas não são todas iguais. Os requisitos, escopo e contexto, podem ser os mesmos; mas afirmar que sejam iguais, não encontra sustentação.

Isso ocorre devido ao fato de um mesmo Auditor, auditar a mesma empresa por longos períodos de tempo; criando um vínculo tão forte com o auditado; que vieses e pressão sobre ele, fazem com que na prática, cria-se um circulo vicioso, e não virtuoso, fazendo parecer que é igual, claro que neste caso, pode ser estar sendo sim; loop eterno.

Não seria possível que Auditores diferentes, executassem as Auditorias Internas em momentos diferentes e chegassem aos mesmos resultados; a não ser que seja uma atividade baseada no copiar e colar.

2 Minha empresa não precisa de Auditoria Interna, pois não é certificada ISO

Errado. As Auditorias Internas dos Sistemas de Gestão baseados nos requisitos das normas de Sistemas de Gestão ISO, são obrigatórias, fazem parte dos requisitos.

Devem ser conduzidas com a mesma seriedade e formalidade que de uma empresa certificada.

Se isso, não é estratégia, não seria também se fosse certificada, já que trata-se apenas de uma ação intrínseca a gestão da empresa.

3 Quem está envolvido com a gestão não deve auditar

Depende. Não há impedimento previsto pela ISO quanto a isso. Ao que se deve ter atenção, é o fato do Auditor ter a competência necessária. No entanto, é preponderante que a organização tenha bom senso.

A ISO reconhece e determina, que a independência é o que garante a maior assertividade e transparência ao processo de avaliação de conformidade; e recomenda, que o profissional Auditor, tenha a maior imparcialidade possível.

No entanto, para pequenas empresas; que possam não ter condições de contratar um Auditor Interno independente; possa sim, proceder a avaliação de seu Sistema de Gestão.

Aqui, a velha máxima popular de que “Santo de casa não faz milagre” faz todo sentido.

4 Auditoria não deve ter não conformidades

Este mito, é de longe, o maior equívoco.

Uma auditoria não tem a finalidade de identificar não conformidades, mas sim, avaliar a gestão sob a ótica do negócio; e sua aderência às práticas organizacionais.

Ter ou não, não conformidades, é consequência.

Que neste caso, é melhor que sejam identificadas internamente; do que esperar que terceiros ou outras partes interessadas as identifiquem.

Assim, a empresa poderá investigar, tomas as medidas preventivas ou corretivas para que elas não voltem a ocorrer, simples, não é?!

Outro ponto, é esperar que simples desvios se tornem situações graves para o negócio; sabendo que as medidas necessárias para prevenir ou corrigir o problema, poderiam ter sido tomadas.

5 Oportunidades de Melhorias não devem ser consideradas

As Oportunidades de Melhorias, são registros, que os auditores fazem sobre questões relacionadas a evidências objetivas de que um processo, evento, atividade, documento, dentre outros; atendam a um determinado requisito; mas podem ser melhorados; segundo a visão do Auditor.

Muitas lideranças de Topo; dizem que isso não passa de opinião; e que nada tem de relação com o que deve ser feito na prática; eliminando todas as possibilidades de aceitá-las.

Outros, entendem, que se pode ser melhorado, deve ter em algum grau, um não atendimento a um requisito claro.

Mas, não é isso que os Auditores desejam, quando fazem apontamentos de tal natureza.

Vejam um exemplo. Durante a auditoria, pode-se evidenciar que todos os registros eram feitos em mídia impressa; ou seja; gerando um volume enorme de resíduos; demandando espaço de guarda; além da possibilidade de perda do conhecimento organizacional.

Não há norma que diga que a empresa não possa; mas na Era do Conhecimento; não se pode admitir que isso, não possa ser melhorado.

Conclusão

Para que as Auditorias de sistemas de gestão possam gerar resultados que agreguem valor, é preciso que as lideranças tomadoras de decisões; entendam de uma vez; que isso se trata de um processo.

Que Auditor não tem poder de polícia; que ser avaliado é parte inerente da vida organizacional.

Que melhoria, mudança e investimentos; devem fazer parte da Cultura Organizacional, e exemplo é tudo.

Ninguém conhece melhor a empresa, que seus próprios funcionários, que são a empresa; que compõem um organismo vivo; que é humano; que possui energia positiva e negativa.

A Entropia Corporativa é energia em movimento; e que sem o controle e monitoramento necessários, pode vir a ruir; em decorrência de uma grande explosão; a falência.