Liderança e a participação dos trabalhadores

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A liderança e a participação dos trabalhadores são fatores de sucesso em sistemas ISO e base da cultura prevencionista nas organizações.

Em primeiro lugar, o tema liderança sempre esteve em pauta ao longo dos séculos em todas as atividades humanas, e de acordo com Hunter em O Monge e o Executivo:


“Liderança é a capacidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir aos objetivos identificados como sendo para o bem comum. “


A decisão estratégica de implementar um sistema de gestão nos padrões da ISO é tomada pela liderança, e o sucesso do sistema de gestão, depende da sua atuação, do compromisso que demonstra e da participação de todos os níveis e funções da organização.

A participação dos trabalhadores está relacionada ao envolvimento na tomada de decisões; ou seja, essa participação inclui, por exemplo, o envolvimento de comitês de saúde e segurança e seus representantes, profissionais qualidade e gestão ambiental, lideranças estratégica, tática e operacional e todos aqueles que atuam em seu nome.

Liderança pelo exemplo

Apesar de algumas lideranças desempenharem brilhantemente seu papel na transformação positiva das organizações; por outro lado, ainda pode-se observar um exército de profissionais que não compreendem ou não estão dispostos a acompanhar os avanços da sociedade do século XXI.

A cultura de uma organização somente poderá ser modificada a partir da conduta de seus líderes, que irá refletir na conduta dos seus liderados.

Em sistemas de gestão implementados em conformidade com os requisitos das normas da ISO, existem requisitos obrigatórios de exclusiva responsabilidade das lideranças. Isso significa que, todos estão sob as definições de um nível superior, e seguem as suas orientações.

Diante disso, a liderança não pode exigir de seus liderados um comprometimento maior que o seu, nem que tenham uma conduta exemplar, quando não há exemplos a serem seguidos.

O que afeta diretamente os resultados pretendidos em sistemas de gestão é ignorar o fato de que a Alta Direção deve demonstrar liderança e comprometimento, e isso somente pode se mensurado através das práticas operacionais em comparação com as estratégias definidas no mais alto nível.

Não é raro que muitos atribuam os fracassos em seus sistemas de gestão à Cultura Organizacional, o que pode ter um certo grau de verdade, mas se a cultura não está alinhada aos propósitos da organização, existe um ambiente desequilibrado, no qual nenhum sistema irá sobreviver se não for corrigido.

Ter uma liderança forte, eficaz e ativa é vital para qualquer tipo de organização atingir seus objetivos, sejam eles de qualidade, segurança e saúde do trabalho, meio ambiente, segurança da informação, inovação e muito mais.

Gestão de riscos do topo para a base

Ter mentalidade de risco é a o elemento chave para qualquer sistema de gestão na atualidade, o que significa que as organizações devem determinar os fatores que poderiam causar desvios em relação aos resultados pretendidos, ou seja, colocar em prática uma abordagem prevencionista para minimizar os impactos e aproveitar a oportunidades.

As lideranças ocupam posições que lhes permitem tomar decisões e influenciar pessoas, mas a motivação para isso é de cada um e não deve ser delegada.

Ações da liderança que podem contribuir para elevar o nível de participação dos trabalhadores

  • Ter e agir com mentalidade de riscos
  • Prover os recursos necessários
  • Proteger os trabalhadores das represálias ao relatar incidentes, perigos, riscos e oportunidades
  • Empenhar-se na adoção e comunicação de uma estratégia eficaz
  • Desenvolver de sistemas de gestão sólidos
  • Demonstrar a importância do monitoramento e desempenho dos sistemas
  • Dar bons exemplos, cumprindo escrupulosamente e sempre todos os procedimentos por eles definidos
  • Motivar os trabalhadores para participar nas ações que garantem bons resultados
  • Recompensar contribuições que levem a melhoria e contribua para gerar valor
  • Investir em treinamentos e conscientização.

Quanto custa uma liderança ineficiente

Quando uma liderança não age em favor da organização e seus propósitos gera um nível de energias negativas que cria um círculo vicioso na maneira de agir de toda organização. O que por consequência trará custos financeiros significativos para o negócio decorrentes de:

  • Alto índice de incidentes, doenças e não conformidades;
  • Baixa produtividade e a eficácia;
  • Reduz a motivação dos trabalhadores
  • Prejudica a empresa a ganhar novos contratos
  • Não atrai mão de obra qualificada de alta qualidade.

Comprometimento da liderança e a participação dos trabalhadores

Uma liderança eficaz participa e motiva a participação de seus liderados.

Contudo, um esforço contínuo poderá trazer excelentes resultados; há que ter resiliência para mudança de cultura, criando um círculo virtuoso na melhoria dos processos de gestão.

Atitudes que podem fazer grande diferença

  • Realizar avaliações periódicas e adotar medidas em função dos resultados
  • Considerar sempre as implicações, de novos processos e métodos de trabalho, ou da admissão de novos trabalhadores
  • Ser uma liderança visível é uma liderança eficaz. Garantir que os dirigentes efetuam visitas regulares aos locais de produção da sua organização para conversar com os empregados sobre os problemas e soluções.
  • Demonstrar empenho com os sistemas de gestão, dando atenção ás demandas da força de trabalho.
  • Investir em formação dos lideres, promovendo maior compreensão e sensibilização para a importância de seus resultados para o sucesso do negócio.

Assim, as organizações devem considerar em suas estratégias de gestão de pessoas, o fator liderança e participação de trabalhadores, como fatores decisivos para o sucesso de suas operações.

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