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O que a Guerra na Ucrânia nos ensina sobre ESG?

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Desde a Segunda Guerra Mundial (1939 a 1945), não se presenciava um evento de conflito como o que se iniciou em 24 de fevereiro de 2022, quando a Rússia lançou uma invasão militar em larga escala contra a Ucrânia, um de seus países vizinhos a sudoeste, marcando uma escalada acentuada para um conflito que começou em 2014.

Ainda, mesmo que outros conflitos armados tenham ocorrido ao longo das décadas; quando se envolve grandes potências militares e econômicas globais, estes conflitos ganham maior relevância sob a ótica da globalização.

A Guerra na Ucrânia

Quando se trata de guerras, a humanidade já viveu conflitos armados que poderiam ter servido de referência negativa para desmotivar qualquer pessoa a se engajar na promoção de uma guerra.

O conflito em curso na Ucrânia, pode nos evidenciar muito sobre a capacidade humana em promover, incentivar e gerar situações conflitantes que impactam as vidas de milhões de pessoas em todo mundo; e isso pode parecer ser justificável para alguns e inadmissível para outros.

De acordo com o Sociólogo Luiz Felipe Pondé (2022), “a humanidade não evolui moralmente ainda que catástrofes ocorram ao longo da história, a humanidade vive um movimento continuo de bater cabeça”.

Essa ponderação de Pondé (2022), sim, faz todo sentido, quando vemos o que está ocorrendo na Ucrânia; movimento que envolve diversos elementos, que já foi palco de grandes batalhas, mas que parece não ter ensinado ou causado efeito positivo sobre os indivíduos cujo o Poder e Crenças, lhes sejam inquestionáveis, nas suas percepções; mas estão enganados, com certeza.

Os fundamentos de ESG

ESG, que ganhou força neste século, trata-se de uma nova filosofia de negócios; que engloba a questão ambiental, social e governança corporativa. Esse movimento global, é decorrência da compreensão de que as organizações; sejam públicas ou privadas, são agentes de mudanças e devem contribuir para um mundo melhor, ou seja, aplicar ações que gerem melhorias para sociedade, assegurem os direitos humanos e estejam alinhas aos princípios da sustentabilidade.

Guerra na Ucrânia e ESG

Para frear as incursões militares da Rússia na Ucrânia, as maiores economias do mundo, lideradas pelos Estados Unidos da América (EUA), acordaram aplicar as maiores sanções econômicas à Rússia, mas isso não parece ter sido suficiente para um cessar fogo na Guerra.

Quando se trata de Política, o tema ESG ganha uma extensão inimaginável, pois, uma organização ou país, são dirigidos por pessoas, e pessoas são seres complexos, repletos de crenças, culturas, experiências e egos.

Ao se referir a um Líder, que representa uma empresa; seja um CEO, ou qualquer outra posição em empresas menores, tudo dependerá, do verdadeiro comprometimento com a verdade, justiça, respeito, empatia, democracia, humanidade e amor ao próximo; que neste caso, não são apenas pessoas; trata-se de todo ecossistema e contexto em que uma organização ou nação esteja incluído/excluído.

Sanções econômicas voluntárias

Os maiores players mundiais como McDonald’s, Coca-Cola e Starbucks anunciaram suspensão de operações após invasão da Ucrânia, se juntando aos governos, adotando medidas de boicote contra a Rússia (CNNBRASIL).

Podemos pensar que “Isso é maravilhoso, uma atitude voluntária global!”; e qual a relação dessa ação com ESG?

Primeiramente, ao adotar medidas drásticas contra a Rússia, as organizações precisaram tomar uma decisão difícil. O que estaria em jogo?

Ocorre, que muitas variáveis foram consideradas, como valores morais , empatia com povo Ucraniano e consideração aos mercados consumidores fora do solo russo.

Por outro lado, o fechamento de fábricas, a proibição de exportação/importação, demissão em massa os trabalhadores russos (em alguns casos os salários foram mantidos); mas certamente, as organizações não poderão manter tais remunerações a longo prazo; o final da guerra é imprevisível.

A verdade ESG

Trata-se de uma questão muito intricada de elementos; que neste caso, pode possuir muitas faces; dependendo do referencial.

  1. As sanções das empresas indubitavelmente impacta as vidas de seus trabalhadores, desempregados em um país a beira de um colapso.
  2. A punição ao povo russo pela ações de seu líder, mas muitos, aparentemente o apoiam.
  3. Investidores podem perder financeiramente, mas essa ação, pode fortalecer as marcas a médio e longo prazo em outras regiões, que que poderiam gerar maiores ganhos.
  4. A ação seria uma manobra de Marketing, já que inevitavelmente as empresas não teriam como manter suas operações por questões dos bloqueios impostos pelos governos à Rússia.
  5. A responsabilidade das empresas com as pessoas e toda sociedade russa pode ser menos importante que a imagem das marcas? Se mantivessem suas operações em um país que tem questionáveis condutas morais?
  6. Algumas organizações se mantiveram no país, e justificaram sua permanência ao fato de que são importantes para o povo Russo; que seus consumidores dependem dos alimentos e recursos básicos por elas produzidos e comercializados; de outra forma, eles não teriam acesso e seriam muito mais prejudicados.

Conclusão

O que se pode concluir até agora, é que trata-se de um movimento sem precedente; e que a Governança Corporativa é de fato um elemento estratégico. Que ignorar a importância do ESG, seja em momentos de Paz, Guerra ou Catástrofes; é perder a passagem para embarque na longa jornada de transformação da sociedade.

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